A avaliação da qualidade da técnica ICQ é uma fase fulcral da técnica e pode ser efetuada quer pelos colaboradores do laboratório (controlo da qualidade interno), quer por uma organização ou avaliador externo (controlo da qualidade externo).
A avaliação da qualidade é baseada em vários parâmetros, que variam com os referenciais. Por exemplo, a avaliação externa da qualidade do Reino Unido para imunocitoquímica e fluorescência in situ (UKNEQAS ICC & ISH) avalia o resultado da técnica imunocitoquímica no que concerne à intensidade de marcação específica (fraca, moderada ou forte), marcação inespecífica (presente ou ausente) e contraste (adequado ou inadequado).
Existem outras grelhas de avaliação mais completas (e complexas) que podem ser utilizadas na rotina laboratorial ou em estudos investigacionais. Uma das grelhas que utilizo habitualmente foi elaborada e validada na faculdade em que leciono (Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa) e encontra-se publicada no livro “Imunohistoquímica”,1 da autoria do Professor Amadeu Ferro (download gratuito).
Nesta grelha são avaliados os seguintes parâmetros:
- Preservação morfológica;
- Sensibilidade (quantidade de estruturas-alvo marcadas e intensidade da marcação);
- Especificidade;
- Contraste.
A avaliação destes parâmetros permite uma análise fidedigna e reprodutível da qualidade em imunocitoquímica.
Nos próximos posts analisarei mais detalhadamente cada um destes parâmetros.
Rúben Roque
Bibliografia
- Ferro A. Imunohistoquímica. February,. (Ferro A, ed.).; 2016.
Imagem: Fotografia inédita